O coronel reformado do Exército Paulo Malhães
foi encontrado morto nesta manhã, 25, no sítio em que morava em Nova
Iguaçu (cidade na Baixada Fluminense). O corpo apresentava marcas de
asfixia, segundo a Polícia Civil.
Malhães prestou depoimento em março à Comissão Nacional da Verdade em que relatava ter participado de prisões e torturas durante a ditadura militar.
Disse também que foi o encarregado pelo Exército de desenterrar e sumir
com o corpo do deputado Rubens Paiva, desaparecido em 1971.
De
acordo com o relato da viúva Cristina Batista Malhães, três homens
invadiram o sítio de Malhães na noite desta quinta-feira, 24, à procura
de armas. O coronel seria colecionador de armamentos, disse a mulher aos
policiais da Divisão de Homicídios da Baixada que estiveram na
propriedade.
Cristina disse que ela e o caseiro foram amarrados e
trancados em um cômodo, das 13h às 22h desta quinta-feira, 24, pelos
invasores.
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, comentou a morte de Malhães.
"Soa estranho que, após essas revelações, o militar tenha sido
assassinado. Estou entrando em contato com os ministros Ideli (SDH) e
José Eduardo Cardozo (MJustiça) para pedir apoio da Polícia Federal na
investigação", escreveu ela em sua página no Twitter.
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