segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Dilma, Obama, espionagem, Síria e, quem sabe, um mundo melhor.

Dilma está nos EUA, não para se encontrar com Obama, mas para uma série de compromissos políticos e econômicos. Dilma fará, também, o discurso de abertura dos debates da Assembléia de líderes da ONU.

A presidente avisou que utilizará o espaço para repudiar as ações de espionagens feitas pelos EUA a outros países.

A presidente está correta e não deve temer as reações do gigante norte americano. Limites devem ser impostos a todos, exigindo direitos a privacidade de indivíduos e instituições. Dilma, ao levantar o debate, receberá apoio de sérias forças econômicas e políticas.

O mundo está em fase de reorganização política e moral. As informações correm o mundo a velocidades nunca vistas. As informações não chegam apenas à seleta casta de autoridades políticas e financeiras. As informações chegam, também, à população em geral, aperfeiçoando os debates e aprofundando as razões da opinião pública.

Avalio que passamos pelos últimos anos em que o risco de guerras se faz presente. Contudo, como todo momento de ruptura de costumes, é também o mais perigoso. A opinião pública mundial, incluindo a norte americana, não aceita mais a guerra como forma de sanar divergências. Resta saber se a indústria da Guerra entenderá o fenômeno passivamente ou tentará se impor mais uma vez.

A invasão da Síria, ao menos momentaneamente abortada, é um reflexo do repúdio da opinião pública e da reorganização geopolítica vigente. Os EUA afirmaram que peitariam o mundo, puxando para si importantes apoiadores que resistem em contrariar o GIGANTE. Por outro lado, forças importantes se posicionaram contrárias a ofensiva afirmando que, militarmente, o mundo sofreria um grande risco.

Este é o momento de se ter sabedoria. Todas as questões sérias devem ser levantadas. As invasões de privacidade e ofensivas militares devem ser repudiadas em amplo debate. Os governantes do mundo, em especial os EUA, Rússia e China, devem (para o bem do mundo) manter o debate em "baixa frequência". Imagino que com a postura referida e um esforço mundial para uma rápida implantação de mudança nas matrizes de energia, estejamos prontos para um mundo melhor.


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