EM NOTA, PIZZOLATO EXPLICA EXÍLIO NA ITÁLIA
"Minha vida foi moldada pelo princípio da solidariedade que aprendi
muito jovem quando convivi com os franciscanos e essa base sólida sempre
norteou meus caminho.
Nos últimos anos, minha vida foi devassada e
não existe nenhuma contradição em tudo o que declarei seja em juízo ou
nos eventos publicos que estão disponíveis na internet.
Em meados de
2012, exercendo meu livre direito de ir e vir, eu me encontrava no
exterior acompanhando parente enfermo quando fui, mais uma vez,
desrespeitado por setores da imprensa.
Após a condenação decidida em
agosto, retornei ao Brasil para votar nas eleiõçes municipais e tinha a
convicção de que no recurso eu teria êxito, pois existe farta
documentação a comprovar minha inocência.
Qualquer pessoa que leia os documentos existentes no processo constata o que afirmo.
Mesmo com intensa divulgação pela imprensa alternativa – aqui destaco
as diversas edições da revista Retrato do Brasil – e por toda a
internet, foi como se não existissemtais documentos, pois ficou evidente
que a base de toda a ação penal tem como pilar, ou viga mestra,
exatamente o dinheiro da empresa privada Visanet. Fui necessário para
que o enredo fizesse sentido. A mentira do “dinheiro público” pára
condenar… Todos. Réus, partido, ideias, ideologia.
Minha decepção
com a conduta agressiva daquele que que deveria pugnar pela mais
exemplar isenção, é hoje motivo de repulsa por todos que passaram a
conhecer o impedimento que preconiza a Corte Interamericana de Direitos
Humanos ao estabelecer a vedação de que um mesmo juiz atue em todas as
fases de um processo, a investigação, a aceitação e o julgamento, posto a
influência negativa que contamina a postura daquele que julgará.
Sem esquecer o legítimo direito moderno de qualquer cidadão em ter
garantido o recurso a uma corte diferente, o que me foi napelavalmente
negado.
Até desmembraram em inquéritos paralelos, sigilososo, para
encobrir documentos, laudos e perícias que comprovam minha inocência, o
que impediu minha defesa de atuar na plenitude das garantias
constitucionais. E o cúmulo foi utilizarem contra mim um testemunho
inidôneo.
Por não vislumbrar a minha chance de ter um julgamento
afastado de motivações político-eleitorais, com nítido caráter de
exceção, decidi consciente e voluntariamente, fazer valer meu legítimo
direito de liberdade para ter um novo julgamento, na Itálila, em um
Tribunal que não se submete às imposições da mídia empresarial, como
está consagrado no tratado de extradição Brasil e Itália.
Agradeço
com muita emoção a todos e todas que se empenharam com enorme sentimento
de solidariedade cívica na defesa de minha inocência, motivados em
garantir o estado democrático de direito que a mim foi sumariamente
negado.
Henrique Pizzolato"
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