Proponho exterminar todos os órgãos destinados a combater a corrupção no Brasil e, em contrapartida, tornar obrigatório, para se tornar funcionário público (concursado ou eleito), que o cidadão tenha uma relação amorosa fora do casamento.
A proposta, ao ser aceita, desburocratizará a máquina pública e dará paz aos brasileiros. Todos somos sabedores do resultado delatório dessas figuras no que se refere a malandragens financeiras e políticas.
Quando não são agentes diretas da delação as amantes, no mínimo, constituem a causa do ódio que estimula a titular do matrimônio a fazê-lo.
Não está convencido (mantenho no masculino, pois as mulheres têm uma inteligência natural para o caso)? Vamos reavivar sua memória com alguns poucos casos, o que bastará para apoiar a bandeira:
1- Luís Alexandre Cardoso Magalhães, auditor de Kassab, está se ferrando com a amante Vanessa de Alcântara. A "nova honesta" ameaçou o amante dizendo que enviaria e-mails a quatro secretários da gestão do atual prefeito Fernando Haddad (PT) denunciando o esquema de corrupção em detalhes.
2- Renan Calheiros tomou um chacoalhão após Mônica Veloso, a "amante digna", se revoltar por ser chamada de "aproveitadora". A digna se indignou, tornou público o caso, e trouxe à luz a ligação de Calheiros com o lobista Claudio Gontijo, pagador dos luxos da dama.
3- Quem não se lembra de Nicéa Pitta? Ao se injuriar com as constantes puladas de cerca de Celso Pitta (à época prefeito da cidade de SP), Nicéa contou a quem quisesse ouvir as maracutaias que o cônjuge e Paulo Maluf punham em prática.
4- Rosane Collor parecia ser uma mulher diferente. Aceitava os galanteios de Fernando a terceiras, passou por humilhações públicas e desceu a famosa rampa de Brasília, empurrada por uma urgente renúncia, sempre de braços dados ao marido. Tudo ruiu quando Fernandinho mandou embrulhar os sapatos de Rosane e pô-los para fora, acompanhados dos pés a quem serviam. Bastou para ferir o orgulho feminino e ativar a metralhadora giratória que, entre outras coisas, disparou a realização de sessões de magia negra e reuniões secretas conduzidas pelo político esportista.
Estes são, apenas, alguns exemplos de como as amantes executam um papel ímpar na vida pública. Necessitamos, com urgência, que essa figura "salva pátria" seja institucionalizada.
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