Hoje, em todos os grandes portais e jornais, vê-se estampado o rosto do ex-secretário municipal de SP, Antonio Donato. As manchetes ligam o ex-secretário à máfia do INSS, montada em governos passados e desbaratada no governo Haddad. Mais uma vez, as manchetes não são sustentadas pelo conteúdo.
Teor da denúncia contra Donato
Donato é citado em ligações telefônicas como alguém que teria recebido R$ 200.000,00 para sua campanha eleitoral para vereador da capital paulista. Citação é prova? Não. Este blogueiro acredita que Donato possa ter recebido o dinheiro? Sim.
É necessário que separemos os crimes.
Donato é acusado de receber dinheiro para sua campanha eleitoral entre 2011 e 2012. Neste hiato temporal, Donato não era secretário e Haddad não era prefeito. A corrupção ocorria no governo Kassab. Pode-se imputar ao ex-secretário o crime de "Caixa Dois" de campanha, não o de articulação ou envolvimento com a "Máfia dos Fiscais". A própria amante de um dos "mafiosos", interceptada em ligação telefônica com o amante, ameaça de contar a Donato (já secretário) que o dinheiro passado para sua campanha é oriundo de crime. O amante "se borrou" do outro lado da linha.
Está claro que Donato não faz parte da quadrilha, mas que pode ter recebido dinheiro para sua campanha.
Haddad combate a criminalidade. Imprensa tenta jogá-lo na lama
O atual prefeito de SP, Fernando Haddad, criou a Controladoria e iniciou a devassa que culminou com a denúncia e comprovação do esquema que roubou 500 milhões de reais dos paulistanos.
Temos dois atores incomodados com a investigação e que lutam para embaralhar o entendimento da opinião pública. São eles: corruptos e os corruptores.
Os corruptos são os próprios fiscais e seus comandantes. Os fiscais eram liderados pelo secretário de Kassab, Mauro Ricardo, que trabalhou com Serra no governo do Estado de SP e, hoje, faz parte da cúpula de ACM Neto, na prefeitura de Salvador (BA). Por parte dos corruptos a pressão é mais política. O PSD ameaça romper a aliança com a turma de Haddad para 2014 . Ou seja, Kassab e Haddad estão em lados opostos.
Os corruptores são as grandes empreiteiras, envolvidas e beneficiadas. Elas representam o poderio financeiro e patrocinam a mídia. Daí o interesse financeiro da grande imprensa em salvaguardá-las. Para que não sejam esclarecidos os fatos, o melhor a fazer, é conturbar as informações e misturar denunciantes a denunciados.
Haddad deveria acelerar o processo e tornar público o nome das empresas corruptoras. A população deveria exigir que a mídia respeite sua inteligência.
Política deve ser encarada com raciocínio lógico. Este caso, em especial, está muito simples de ser interpretado.
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