segunda-feira, 14 de outubro de 2013

FUTEBOL: O BAIXO NÍVEL APRESENTADO



Ontem, mais uma vez, no Campeonato Brasileiro, um clássico de baixíssimo nível. São Paulo e Corinthians, no Morumbi, foi palco de um espetáculo que envergonhou o mundo.

Não, não me refiro ao pênalti perdido por Rogério Ceni ou ao tento desperdiçado pelo moderno Emerson Sheik. Não faço alusão a qualidade da arbitragem ou ao trabalho dos gandulas. O baixíssimo nível apresentado não foi de técnica, foi de civismo.

Dentro do estádio, imbecis colocaram vidas (suas e de terceiros) em risco sem motivo algum. Fora do estádio, imbecis atacavam ônibus de torcedores, sem motivo algum.

Estamos em 2014, século vinte e um, e essa guerra entre facções criminosas, denominadas "TORCIDAS ORGANIZADAS", continua mais brutal do que nunca.

Essa palhaçada precisa findar. Mas, para acabar com isso, como com quase todos os problemas brasileiros, precisamos tratar uma doença crônica que aflige nossa sociedade: a hipocrisia.

Existe alguém intelectualmente frágil, ainda, que crê na existência das "organizadas" sem injeção de grana dos clubes? Algum idiota consegue imaginar que um baixo assalariado vá gastar centenas ou milhares de reais para acompanhar uma bosta de um time de futebol para vê-lo jogar nos mais distantes campos de futebol (dentro ou fora do país)?

Os dirigentes fingem que nada é culpa deles. A imprensa esportiva, muitas vezes patrocinadas pelos dirigentes, reafirmam as teses destes.

Futebol é um negócio que envolve bilhões de reais por ano. É iniciativa privada. Os clubes devem ser responsabilizados pelas atitudes de quem os acompanham, mas de forma séria. Como espetáculo, quem deve ser responsabilizado pela segurança do evento senão o mandante? Como aceitar que morteiros adentrem em um estádio de futebol? Qual a punição a ser imposta? Perda de mando de campo? Ah, estão de brincadeira, né?!?

Uma empresa (pois um clube, atualmente, é uma empresa), quando não cumpre requisitos mínimos exigidos, é proibida de atuar. Assim deveria ser com os clubes de futebol. Não estamos falando, apenas, de Certidões Negativas de Débitos (outra hipocrisia), mas de vidas humanas. Um clube que se propõe a realizar um espetáculo e não consegue dar segurança aos que participam deveria fechar as portas. Defendo que o SPFC, meu time de coração, seja proibido de organizar uma partida de futebol.

O futebol precisa renascer. Para renascer, é preciso morrer. Que a justiça mate os clubes que patrocinam as barbáries. Devolva-os à várzea e que trilhem todo o caminho até a elite do futebol. Perderão muito dinheiro com tal punição. É somente com isso que se importam e por isso que se coçam. É somente isso que resolverá o problema.

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