sábado, 12 de outubro de 2013

NOVA PESQUISA ELEITORAL: GRÁFICOS E ANÁLISE

De "O Cafezinho"

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A oposição ainda pode crescer. Ou não.

12 de outubro de 2013 | 08:13
A maior lição a ser tirada do Datafolha divulgado neste sábado é que a vantagem de Dilma sobre seus adversários é tão grande que seu principal cuidado deve ser evitar o salto alto. O processo eleitoral está apenas começando.
Aécio Neves e, sobretudo, Campos, ainda são desconhecidos por boa parte do eleitorado e tem espaço para crescer. Ou não.
É evidente, porém, que o fortalecimento eleitoral de Dilma Rousseff gera consequências políticas imediatas. A primeira dela é atrair para o campo dela as forças partidárias que, porventura, cogitavam usar o novo fato político – a união entre Campos e Marina – para flertarem com a oposição.
Dilma não tem apenas a vantagem de liderar as pesquisas. Ela é presidente. Fortalecida, ganha força no Congresso para aprovar as reformas que defende.
De qualquer forma, o impacto simbólico e midiático da pesquisa é fulminante.
Abaixo reproduzimos a capa da Folha, o texto da primeira página, e os principais infográficos da pesquisa, trazendo os quatro prováveis cenários eleitorais.
Observem o gráfico acima, com os dados da pesquisa espontânea, na qual não se fornece nenhum nome ao entrevistado: ele é quem diz, espontaneamente, em quem pensa votar. Dilma tem 17%, contra apenas 4% de Aécio, 4% de Marina e 2% de Campos.
A rejeição de Serra, beirando os 40%, é algo impressionante e significa que sua proximidade pode mais atrapalhar do que ajudar Aécio Neves. Campos, por sua vez, registra uma rejeição desproporcional a seu grau de conhecimento. 25% dos entrevistados o rejeitaram, o que talvez reflita o sentimento crescente de que Campos tenha “traído” seu maior padrinho eleitoral, o ex-presidente Lula.
A força de Dilma reside na população mais pobre. Em todos os cenários, a presidente perde entre os que ganham mais de dez salários. Neste segmento, Marina pontifica soberana. Só que, felizmente para Dilma, é um segmento minoritário na sociedade.
Mas até que, olhando bem, Dilma não vai tão mal assim entre os ricos. No cenário A, o mais provável, ela tem 28% das intenções de voto das famílias com renda acima de 10 salários, empatada com Aécio, que tem 29%, e acima de Campos, com 20%.
O andar de cima gosta mesmo é de Marina. Quando ela está na disputa (cenário B), substituindo Campos, tem 38% da preferência, contra 23% de Dilma.
Outra observação importante é que o PSB só consegue chegar ao segundo turno com Marina Silva. Esse é um fato hoje incontestável, que o partido só conseguirá contornar se aumentar a exposição de Eduardo Campos.
Por mais que Campos e Marina finjam que isso não os preocupa, é evidente que haverá pressão, nem que seja invisível e subterrânea, mas implacável, para que a ambientalista seja a cabeça da chapa. O que representaria uma grande derrota pessoal para Campos, visto que ele pagou um altíssimo preço político para satisfazer sua ambição – legítima – de ser candidato à vaga atualmente ocupada por Dilma Rousseff. Governadores, prefeitos e parlamentares, saíram do PSB por discordarem de sua decisão, e o partido teve que abdicar de ministérios importantes no governo federal.
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Por: Miguel do Rosário

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